Se você pudesse dar um único conselho à você no passado, enviando uma pequena carta que vence a barreira do tempo, qual seria o valioso ensinamento? (Separe uns 5 minutos nesta pergunta, vale a pena).
Agora, se você fosse receber uma carta do “eu futuro”, o que conteria na mensagem? (Mais 5 minutos profundos para responder, isso vai enriquecer a leitura).
Esta reflexão treina a sua consciência do presente a partir de experiências no pretérito e imaginações do porvir. Perceber as nuances das escolhas passadas que culminam no “eu hoje” e ser perspicaz nas decisões que afetam a vida futura é um dom raríssimo, tão raro que poucos vivem de maneira consciente o HOJE.
Para começar, compare uma vida sem nenhum planejamento e poucas realizações versus uma vida planejada com muitas realizações, ambas vivendo o agora, lado-a-lado.
Qual delas você escolheria?
Resposta fácil, você pode pensar... mas será que é tão fácil assim?
Acompanhe-me neste texto para descobrirmos, juntos!
O ser humano cordato (sensato, prudente ou sábio) vive em equilíbrio entre o Planejamento Futuro e a Realização Histórica, consciente de suas ações e decisões no hoje, no tempo chamado Presente.
Todo planejamento tem seus olhos voltados para frente e abrange o longo prazo, pois o futuro distante tem suas influências nas decisões do hoje.
A pessoa bem planejada confirma seus passos na medida que acumula Histórias impactantes para ela, pois um pequeno sonho pode ser uma grande realização, não importando o tamanho, mas sim, a relevância.
Aqui, faço a distinção da história com "H", em maiúscula, quando me refiro ao que cada um gostaria de contar com consciência, incluindo as falhas que servem como ensinamentos.
Só de planejar, o futuro já “se resolve”?
Para esta pergunta, respondo com uma outra: existe planejamento ruim?
Infelizmente, sim… você pode traçar um futuro próspero sem nenhuma realização para contar boas Histórias aos netos, também pode copiar um planejamento que não serve para sua vida mesmo que tenha sido um sucesso ao vizinho, ou pode se conformar com a vida sem planejar (acabou planejando viver sem planejamento, a pior das escolhas!).
Se não refletir sobre a sua vida, irá desperdiçar um recurso que não retorna jamais mesmo tendo um sucesso financeiro. Para ilustrar a mente, leia o exemplo retirado do artigo da Harvard Business School:
[…] “Depois de ser elogiado pelo trabalho bem-feito, Adam continuou a trabalhar em seu projeto bem-sucedido, mas não se sentia feliz. À noite, parado no trânsito engarrafado, ele pensava no que tinha acontecido, calculava todas as horas que tinha investido, e para quê?
Era impossível evitar de sentir que desperdiçara — não que perdera — um tempo precioso. Embora Adam esteja certo, a pesquisa mostra que mesmo que ele tivesse conseguido a promoção e a ascensão que esperava, teria se sentido igualmente descontente. Não importa qual o resultado de nossos esforços, todos nós nos sentimos cada vez mais presos ao tempo, e muitas vezes o que acreditamos que pode nos fazer felizes — as conquistas que lutamos tanto para conseguir — não faz. Aparentemente não nos devolvem os momentos com nossas famílias e amigos ou mais horas para nós mesmos.”
Geralmente, o mundo tem o costume de basear a vida nos sucessos que não condizem com valores vitais. Pensa que a felicidade é proporcional ao bom salário, ficando ausente do lar (A).
Imagina que comprar a casa resolve os maiores conflitos internos, tornado-se mega endividado (B).
Supõe que ganhar mais dinheiro é solução para os problemas, mas fecha o ciclo ficando ainda mais distante da família (volta ao A). Cria outra saída B equivocada afundando mais o Plano de Vida.
Veja um exemplo real de arrependimento superado por Ken Korkow:
“Gastei um par de anos e milhares de dólares para obter uma pós-graduação em negócios, porque na ocasião achei que isso era importante, até mesmo essencial, para o sucesso profissional. Porém, muitos anos depois, me dei conta de que teria avançado mais se tivesse investido a mesma quantidade de tempo e esforço buscando na Bíblia a sabedoria de Deus acerca do dinheiro, negócios e relacionamentos, coisas que eu erroneamente acreditei que poderiam ser obtidas com um diploma universitário.
[…]
Sim, hoje sinto pena de mim e lamento pelos meus esforços, tempo e dinheiro desperdiçados. Entretanto, como se diz, isso são “águas passadas”. O tempo e os recursos passaram. O que posso fazer é redirecionar meu tempo e energia e redefinir minhas prioridades.”
Aprender com os erros dos outros evita a falácia dos custos irrecuperáveis na vida.
Reflita qual é o seu tipo de livro no rumo atual:
O primeiro ponto é saber como planejar para escrever uma vida com menos arrependimentos. Isso não significa ausência de erro, mas um erro isento de remorso.
É melhor errar seguro o quanto antes (fail fast, fail safe) e aprender rápido com elas (learn faster).
Agora que está preparado para “errar bem”, comece analisando quais seriam os seus valores inegociáveis.
Liste 5 itens para priorizar e coloque cada um na balança a fim de descobrir qual pesa mais (meça com coração, não com a razão).
Isso ajuda a perceber a ordem que mais valoriza atualmente.
Por exemplo, se você valoriza mais o seu casamento do que o seu trabalho, o que pode ser feito para não acabar em divórcio sem negligenciar a carreira?
Que tipo de História estará escrevendo ao perder a pessoa que mais ama?
Além disso, a separação dolorosa escreve um capítulo nos filhos, e eles terão de contar no passivo para sempre: meus pais escreveram estas páginas amargas e não pude fazer nada.
A vida conterá vários erros, porém cada um servirá para crescimento e melhoria constantes. Um pequeno erro hoje que te leva à sua Melhor Versão é seu aliado, tenha clareza de suas prioridades no Plano de Vida a fim de garantir seus bens de maior valor para depois focar no dinheiro.
Se você for um “escritor passivo”, há uma grande chance de ser vítima das circunstância e escravo do dinheiro. Portanto, tome as rédeas e seja protagonista, não delegue a um terceiro para compor os seus capítulos.
Entretanto, partir do zero e sozinho não é nada fácil.
É preciso lidar com a incerteza de escolher a melhor forma dentre as milhares de opções no mercado financeiro e com a insegurança de estar no caminho certo.
Um outro ponto importantíssimo: não podemos voltar no tempo.
Passar 1 ou 2 anos para iniciar o projeto de vida a longo prazo é aceitável; porém, passar 20 anos ou mais e ainda nem ter começado o projeto custa muito mais que milhares de reais, chegar aos 65 anos sem perspectivas do futuro e passado mal escrito pode custar 7 décadas da sua vida.
O esforço de mudar lá na frente é tremendamente mais penoso.
Você chegou até aqui, está disposto a ser autor da sua vida, mas não sabe por onde começar...
Existe alguém para auxiliar esta longa jornada?
E a resposta é… sim! Há um guia para o Planejamento pautado mais na vida que dinheiro e competente nas finanças, o PlanejadorLIFE é dotado com estas características para servir além das questões financeiras. Uma boa conversa com quem enxerga a vida maior que dinheiro mudará a sua perspectiva sobre os tempos para viver bem Hoje com um Planejamento Futuro em vista e compor muitas Realizações Histórias até o último suspiro.
Mesmo em tempo de pandemia e outras crises, sempre é possível ter um papo sobre tudo isso.
Que tal agendar ainda hoje?
Roberto Kenji
roberto.kenji@lifefp.com.br